Recentemente, foi publicado o primeiro estudo que analisa a relação entre saúde oral infantil e diabetes.

A pesquisa foi conduzida pela Universidade de Buffalo (EUA) e avaliou 19 jovens com peso adequado, 14 com obesidade e 16 que, além de apresentarem obesidade, também tinham um quadro de diabetes tipo 2. Os participantes tinham idade entre 10 e 19 anos.

A princípio, o enfoque foi para a saúde bucal: os especialistas ofereceram questionários, realizaram exames clínicos e recolheram amostras de saliva para a verificação da microbiota e de possíveis atividades inflamatórias.

Resultados e conclusões

Os três grupos manifestaram índices similares de cáries, restaurações e perda de dentes. Porém, a gravidade das inflamações gengivais era maior entre os portadores de diabetes tipo 2.

Estes jovens, ainda, consultavam-se com o cirurgião-dentista com menor frequência. “O governo federal americano oferece assistência odontológica, mas estes pacientes não se tratam de forma rotineira”, observa a professora Lucy Mastrandrea, do Departamento Pediátrico da Universidade de Buffalo.

Seu colega, Frank Scannapieco, complementa: “É importante ressaltar que, assim como os adultos, os adolescentes com diabetes tipo 2 estão mais vulneráveis à inflamação periodontal. É preciso proporcionar maior atenção à sua higiene oral”.

Lucy propõe explorar, futuramente, se as tendências permanecem as mesmas entre os jovens com diabetes tipo 1.

 

Via ABO