Um levantamento realizado recentemente pelo Ministério da Saúde revelou que o Brasil possui uma média de 15,5% de infecções hospitalares por ano, um índice muito alto se comparado ao resto do mundo, onde os valores giram em torno de 5%. Outro estudo, realizado pela Associação Nacional de Biossegurança (ANBIO) trouxe números alarmantes. Segundo a pesquisa, cerca de 80% dos hospitais não fazem o controle adequado para evitar as contaminações, e o índice de infecções hospitalares pode chegar em até 88,3% em algumas unidades de saúde. Ainda conforme o estudo, aproximadamente cem mil pessoas morrem por ano em decorrência das infecções. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, calcula que no Brasil as infecções hospitalares atinjam 14% dos pacientes internados.
Dentre as infecções mais comuns está a pneumonia associada à ventilação mecânica que os pacientes costumam desenvolver após a entubação. As placas bacterianas se desenvolvem e podem causar a pneumonia em até 48 horas. Neste cenário, a presença do cirurgião dentista é essencial para evitar que os pacientes nesta condição contraiam infecções.
Hoje, há projetos de lei que visam tornar a presença do cirurgião dentista nos hospitais uma obrigatoriedade. O mais recente é um projeto de lei que propõe que hospitais públicos e privados do Mato Grosso do Sul disponham de profissionais da Odontologia nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). A proposta tem como autor o deputado Lídio Lopes (PEN) e foi aprovada em definitivo na Assembleia, e seguiu para a sanção do governador.
O paciente internado em estado crítico necessita da atenção de uma equipe multidisciplinar fazendo o monitoramento 24 horas por dia, por isso o objetivo principal do projeto de lei é prevenir que os pacientes em UTIs contraiam infecções pela arcada dentária.
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