Quem conhece o seu público-alvo tem mais chance de retê-lo, e, com isso, garantir mais que o paciente não abandone o tratamento mesmo em momentos de crise econômica. Pelo menos essa é a dica da Dra. Letícia Bezinelli, cirurgiã-dentista responsável pelo departamento de marketing da Fundação Faculdade de Odontologia (Fundecto)/USP e coordenadora da pós-graduação em Odontologia Hospitalar do Hospital Israelita Albert Einstein.
A redação do portal da ABO conversou com ela e entendeu que existe um personagem novo no cenário. “Atualmente, existe a figura do consumidor, que sabe o que quer e exige todos os seus direitos, ou seja, além de exercer uma boa odontologia, o CD tem que mostrar para a população a necessidade e os benefícios de cuidar da saúde bucal, pois essa sociedade é bombardeada por informações que despertam desejos”, afirma.
Segundo a especialista, o profissional tem de descobrir o que é importante para o consumidor e “contextualizar a odontologia dentro da vida dessa pessoa”. “Há 30 anos, a única preocupação do CD era com a formação específica dentro da própria área. Assim, após o término da graduação, ele montava seu consultório no local que lhe fosse conveniente e se preocupava em exercer uma odontologia de qualidade, não havia o cuidado no atendimento geral do paciente”, acrescenta Dra. Letícia.
Capacitação – Dominar os instrumentos de gestão, entendendo de administração, marketing e finanças são características que certamente vão ajudar o cirurgião-dentista a obter sucesso em sua carreira, de acordo com Dra. Letícia. “O mundo moderno está pautado na competição, o profissional do século XXI tem que ser completo, na odontologia a realidade não é diferente”, diz.
A especialista destaca que não basta investir apenas em conhecimento técnico-científico, mas é preciso planejar e construir a carreira. “O cirurgião-dentista tem que investir sempre em sua formação com cursos de educação continuada, não esperar resultados imediatistas, trabalhar de forma multiprofissional e se integrar na sociedade, não ficando mais isolado dentro do consultório e, o fundamental, jamais perder o entusiasmo e a crença na profissão”, finaliza.
Via ABO